Museu Água Vida
3º CLASSIFICADO
2010 | Oeiras
MEMÓRIA DESCRITIVA
A proposta assume-se como um ponto de ligação entre os três equipamentos circundantes – a Alameda dos Poetas, Parque dos Poetas e futuro Edifício dos Paços dos Concelho. A conceção do edificio baseia-se na materialização da “Água” nos seus três estados – Sólido, Líquido e Gasoso. Do mesmo modo que estes três estados da água se formalizam num sentido descendente, aliado a características de pressão atmosférica e de climatologia, estes três elementos serão inseridos na proposta como um conjunto cíclico do elemento água, desde o maior corpo do edifício (Bloco de Gelo) até à desmaterialização dessa massa fria ao nível do piso de entrada – volumes transparentes – onde assenta um plano de água contínuo, que pelo seu microclima potenciará o terceiro estado – Gasoso – por processo de evaporação, que será incluído na climatização do Templo.
A ligação com a zona envolvente e a tentativa de libertar o maciço de gelo na base pela alusão do processo de descongelamento, leva-nos à criação de volumes transparentes onde se situam a Entrada e Loja do Templo. Esta opção liberta o espaço, potencia uma relação priveligiada com a estrutura verde da Alameda dos Poetas e cria novos espaços de circulação e estadia em torno do Templo, com o início do Parque dos Poetas e o futuro Edifício dos Paços do Concelho.
Da formalização do Bloco de Gelo, pela unificação dos três pisos superiores que aí se situam, e para proteger as zonas interiores e exteriores criadas da incidência solar directa, bem como de todo o edifício, este será revestido por uma segunda fachada perfurada. Esta pele terá perfurações com forma com base no princípio da formação do gelo, pela geometria de crescimento do floco de neve – o Hexágono. Permite-se a entrada de luz com diversas incidências, conforme o tipo de uso do espaço.
FICHA TÉCNICA